O registro mais antigo recuperado sobre o trabalho da Procuradoria da República na Paraíba, unidade administrativa do Ministério Público Federal em João Pessoa, consta no Relatório dos Trabalhos do MPF, do ano de 1954, apresentado ao presidente da República, Getúlio Vargas, pelo procurador-geral da República, Plínio de Freitas Travassos. No relatório, o procurador da República João Guimarães Jurema descreveu que a Procuradoria encontrava-se "modernamente instalada no 6º andar do edifício do Institudo de Pensões e Assistência dos Servidores do Estado da Paraíba (Ipase)", prédio construído em 1952, na avenida Guedes Pereira, esquina com a Rua Duque de Caxias, Centro (no Ponto de Cem Réis).

Em 30 de outubro de 1966, por meio da Lei 5.010/66, que organizou a Justiça Federal em primeira instância no país, a Procuradoria da República na Paraíba foi implantada numa sala do edifício-sede da Justiça Federal. Em seguida, passou a funcionar numa casa alugada, vizinha ao prédio da Justiça Federal, localizada na Avenida Eurípedes Tavares, nº 526, Centro de João Pessoa, ao lado das atuais instalações do Ministério Público do Trabalho.

Em 18 de janeiro de 2007, o MPF e a Secretaria de Patrimônio da União assinaram o Termo de Entrega do terreno. Conforme o termo, assinado pelo procurador da República Duciran Farena e pela gerente regional do Patrimônio da União na Paraíba, Maria Guia Dantas, a área mede 1.499,85 m2, sendo 29,7m de frente, 80,5m de lateral e 29,7m de fundo.

Na época da entrega do terreno, encontrava-se no local o prédio da Fapep. Na fase de serviços prelliminares, o prédio foi completamente demolido e os escombros removidos do local. Também foi necessário derrubar algumas árvores que se encontravam no terreno.

Em 9 de junho de 2011, o MPF e a Secretaria de Meio Ambinete de João Pessoa (Semam) plantaram dez mudas de ipê, em canteiro da Rua Francisco Leocádio Ribeiro Coutinho, no Bairro Bessa, na capital. A reposição foi indicada pela Semam, em razão da necessidade de derrubar árvores que estavam no terreno onde seria construída a atual sede do Ministério Público Federal.

A ordem de serviço para iniciar os trabalhos de construção foi emitida em 25 de janeiro de 2011. Porém, em razão de questões com documentação na Prefeitura de João Pessoa, a obra foi suspensa em 25 de março daquele ano, sendo as atividades retomadas em 22 de agosto de 2011. A limitação lateral do terreno e a dificuldade de retirar a areia fizeram a fase de escavação dos três subsolos (com 13,5 metros de profundidade) demorar mais que o previsto. Períodos intensos de chuvas dificultaram os trabalhos de fundação do edifício e geraram atraso no cronograma inicialmente previsto.

Em maio de 2014, foi concluída a concretagem do piso do último andar de estacionamentos, localizado no subsolo do edifício. Em junho de 2014, foi concluída a concretagem da laje de piso do pavimento térreo, que deixou a obra no nível da rua. "A partir do momento em que a população vir a construção do prédio pelo lado de fora do muro é porque muito já foi executado, pois cerca de 40% da área edificada encontra-se nos subsolos e reservatórios enterrados", explicou, na época, a engenheira Ayana Romina, fiscal substituta da obra. Em 11 de dezembro de 2014, o edifício teve os pilares do quinto andar concretados.

Em 18 de maio de 2017, a licença de habitação (Habite-se) foi expedida pela Prefeitura Municipal de João Pessoa. Com o Habite-se em mãos e as instalações de novo edifício aprovadas pelo Corpo de Bombeiros, a mudança de todos os setores administrativos e gabinetes ocorreu na segunda quinzena de maio. Toda a logística da mudança foi planejada ao máximo para que não houvesse perdas e danos aos materiais transportados.

Edificada em um terreno de 1.499,85m2, com 9.256,52m2 de área construída, a nova sede do MPF em João Pessoa possui 17 gabinetes para procuradores da República, salas para as assessorias dos gabinetes, auditório para 100 pessoas, salas para reuniões, sala para atendimento ao cidadão, sala de oitivas, espaço para consultório médico e odontológico, além de refeitório e salas para os demais setores do órgão. O prédio tem três andares subterrâneos e um reservatório de água que somam 13,5 metros de profundidade. Além dos três subsolos, o edifício possui dez pavimentos, sendo um térreo e nove andares superiores.

O valor inicial do contrato firmado com a empresa Comercial Térmica Ltda. (Comtérmica) foi de R$23.989.982,36 e o valor final global, após a inclusão de aditivos de serviços, ficou em R$25.196.805,85. Também foram pagos reajustes contratuais anuais, aplicados conforme índices da Fundação Getúlio Vargas.

A complexidade da obra torna-se evidente na difícil tarefa de compatibilizar os projetos de todas as disciplinas envolvidas. Para se ter uma ideia, numa edificação convencional para habitação, além dos projetos de estrutura e arquitetura, basicamente só existem as instalações elétricas e hidrossanitárias.

Até junho de 2017, foram realizados 22 certames licitatórios específicos para a aquisição de bens e serviços. O custo total dos certames que obtiveram sucesso foi em torno de R$3.700.000,00, representando uma economia de cerca de R$1.800.000,00 aos cofres públicos, um percentual de 32,72% do valor estimado previsto, que era de R$5.500.00,00.

As aquisições envolveram bens, materiais e equipamentos diversos, como eletrodomésticos, eletroeletrônicos, mobiliários de escritórios em geral e mobiliários específicos, de acordo com o ambiente, e equipamentos de informática.

Os certames que envolveram a contratação de serviços tiveram como objeto o serviço telefônico fixo comutado local; os serviços de manutenção predial preditiva e preventiva; serviço de manutenção dos elevadores; serviço de limpeza e conservação e copeiragem; serviços de coleta, avaliação, análise e diagnóstico da qualidade do ar ambiental interior; serviço de coleta de amostra e tratamento das águas geladas e condensadas do sistema de ar-condicionado e das águas destinadas ao consumo humano e os demais serviços de apoio administrativo.